Ser solidario RESULTADOS

Muito obrigado Nana....
Voces fazem com que eu chore...

Obrigado a todas

muito bom (:

Obrigado Caroline jay

meu deus esta PERFEITO

Novo texto. Espero que gostem.


Depois daquela discussão parva e de tudo o que aconteceu ainda não voltei a casa. O meu telemóvel toca incansavelmente, deve andar tudo à minha procura, mas não me interessa. Tenho as solas das “all stars” gastas, as pernas cansadas e a cabeça parece que vai explodir. Mas nenhuma dor pode ser comparada à que eu sinto no coração.
O único lugar onde eu queria estar era ao teu lado, queria poder abraçar-te e dizer-te o quanto importante és na minha vida. Queria recostar-me no teu peito ou deitar a minha cabeça sobre o teu colo e pensar que o mundo é feito de borboletas e que não há guerra e terror.
Parei no parque, sentei-me no banco que costumávamos a sentarmo-nos, era lá que comíamos os nossos gelados, um cone com uma bola de chocolate com smarties para mim e um cone com duas bolas de menta com topping de chocolate para ti.
As lágrimas não param de correr pela minha face, sinto-me impotente de mover qualquer músculo, incapaz de proferir qualquer palavra. Tenho vontade de gritar ao mundo porquê, de gritar ao mundo o quanto precisava de ti e de perguntar-lhe porque é que o fez. Onde estás quero ir ter contigo. Diz me onde estás por favor. Eu preciso de ti.
Das corridas pelo jardim aquando os sistemas de rega ligados, de rebolar pela colina, das fotos parvas que tirávamos em qualquer sítio, de todas as palavras carinhosas proferidas, dos sorrisos, das lágrimas expressadas. De escrevermos nas árvores os nossos nomes, de te atirar água, das noites passadas a ver filmes e a comer pipocas salgadas.
Das nossas viagens de carro, especialmente a primeira depois de teres a carta.
De pensar nesta palavra aperto os joelhos contra o peito e sinto uma revolta dentro de mim. Um sentimento de remorsos e de culpa apodera-se da minha alma. Corro para longe, onde ninguém me encontrará. Corro sem destino e sem intenção de parar. Corro assombrada de pensamentos e memórias. Corro até tropeçar e cair no chão, as minhas calças rasgam-se e um raio de sangue começa a escorrer-me da cabeça, impulsiono a minha mão até à ferida aberta.
Deixo-me ficar deitada no chão, rodeada de folhas secas, mortas e rejeitadas pelas enormes árvores que formam o parque. Choro cada vez mais e questiono-me se terei ainda mais lágrimas para deitar ou se tirei forças para continuar assim consciente.
Eu queria adormecer e pensar que tudo não passou de um sonho, ou então acordar deste pesadelo enorme. O meu telemóvel continua a vibrar mais ou menos a um metro de distância do meu braço esquerdo. Não sei se hei-de atender ou deixa-lo no sítio onde está. À medida que vibra o nome “Mamã” pisca no ecrã.
Decido atender.
- Porquê mamã? Porque a ele? Eu é que devia! A culpa é minha.
- Não amor, a culpa não é tua. Estas coisas acontecem. Pequenina onde estás? A mamã está preocupada.
- A culpa é toda minha – os soluços impedem-me de proferir as palavras direitas – Se eu não tivesse…
Sinto as forças a evaporarem-se do meu corpo.
- Filha onde estás? Diz me por favor
- Mamã não chores por favor eu estou onde devo estar . Estou naquele sítio, onde “nós” costumávamos estar.
- Vou já para ai.
Pi pi pi pi pi

Arrastei-me até à clareira, onde lavei a ferida e molhei a cara. Por estranho que pareça as lágrimas continuavam a cair apesar de serem com mais intensidade.
O sol começou a pôr-se, na clareira o laranja predominava apesar de para mim tudo ser preto.
Ouço passos, apesar de desconfiar de quem se tratava, a saudade e nostalgia falaram primeiro.
- És tu?- direccionado a ti
- Não sweet é a mamã.
Abracei-a e as lágrimas começaram outra vez a sair como torneiras abertas. Enquanto a abraçava pensava em tudo o que te aconteceu.
Só queria que soubesse que o que eu disse era mentira. Queria tanto voltar atrás no tempo e evitar que tudo acontecesse. Queria ter confiado em ti e não em quem não devia. Tu sempre me apoiaste, sempre acreditaste em mim, sempre me trataste bem, sacrificaste-te por mim.
“ Eu odeio-te”- estas palavras ecoam no meu cérebro. Eu não o odeio, muito pelo contrário. Porque é que o disseste sua estúpida. Eu sou uma parva.
Tudo passava na minha cabeça como um filme de terror em câmara lenta. As palavras proferidas, os gritos, as lágrimas. EU ODEIO-TE. A corrida para o parque. O teu carro a arrancar. A alta velocidade. O poste. O muro. O choque. O fumo.
- NÃAAAAAAAAAAAO.

Aiii, ainda bem que postaste isto! Esta tao lindo, tao perfeito, alias, como tudo o que tu escreves..É tudo perfeito, simplesmente perfeito! Ainda bem que me mostras estas coisas OMG!
Nem sei o que dizer, fiquei mesmo de lágrimas nos olhos com isto, tantas recordaçoes, tanto sofrimento *-* esta mesmo lindo! Não consigo dizer mais nada, dizer que isto esta perfeito já é dizer tudo! Parabens querida a serio, tens talento!!!

P.S - Por amor de deus, escreve mais vezes e mostra-me sempre estas coisas!!

Beijinho

Muito obrigado mesmo..
Claro que te mostro sempre, es sempre das primeiras a ler...
Muito obrigado mesmo

Ai esta tao coise!!!

omg está tao perfeito! +.+

Quero ler muitas coisas bonitas como estas!

OMG ;; LINDO!
quero mais coisas! :3

Obrigado às duas...Nem sei o que dizer....
Fico muito feliz por gostarem

Tá tão bonito a'cério.
Escreves bem, sim senhor!
Mesmo giro, quero ler mais textos, pode ser?

Obrigado Maggyzita.
Nao escrevo assim tao bem mas obrigado. Voces sao uns amores

Quando escrever mais eu posto

WOW, wow a serio... Tens tanto jeito, adorei mesmo os tres (:
consegues exprimir os sentimentos duma maneira tao real...
Parabens**

wow, isto está lindo !

Novo texto... Espero que gostem e comentem muito

"A casa rústica era exactamente como eu a havia visto há muitos anos. A noite caía, e a casa irradiava uma aura quente e acolhedora.
Cheirava a pão quente e uma luz dourada brilhava nas janelas. Da chaleira despontava um vapor espesso e esbranquiçado com um cheiro contagiante a camomila e a sua constante chiadeira detinha o silêncio naquela velha cozinha circundada de pedra provavelmente de origem granítica. Já na sala o único acontecimento que comprometia o silêncio era o imutável virar de página do jornal local que o meu avô lia diariamente e o som das agulhas de “tricot” da minha avó quando tocavam uma na outra. As velhas escadas de madeira envernizadas em forma de carrossel interrompiam o corredor dando acesso ao primeiro andar daquela velha e singela casa.
O jardim repleto de amores-perfeitos havia sido alterado encontrava-se agora coberto de relva verde queimada da neve, e o grande carvalho parecia não ter sido alterado assim como o velho baloiço.
Diferentes estavam os meus avós. A minha querida avó exibia uma cara mais cansada e triste, o facto da saída da neta predilecta havia a desgastado bastante, os seus longos cabelos prateados caiam-lhe pelos ombros e os seus olhos azul safira estavam agora mórbidos. O meu avô continuava com aquele cabelo grisalho exageradamente bem penteado e aparado, “barrado” com brilhantina, os olhos castanho chocolate, por mim herdados, muito esbugalhados estavam agora mais encovados mas aquela cor penetrante permanecia. Continuava a usar as habituais e clássicas calças de fazenda e o casaco clássico a combinar, os sapatos cuidadosamente engraxados e a gravata muito bem engomada.
Na enorme lareira da sala ardiam pedaços grandes de lenha que iluminavam ainda mais a sala de estar e a mesa para o habitual chá das cinco já se encontrava posta. Nas paredes encontravam-se praticamente cobertas por fotografias de todos os membros da família. Estas paredes eram interrompidas por largas janelas enfeitadas com compridas cortinas rendadas que proporcionavam uma maravilhosa vista para o exterior. Uma vista daquela encantadora aldeia onde me sentia protegida do exterior. E é onde tu estás.
Depois do reencontro e do chá decidir ir dar uma volta, na expectativa de te encontrar.
Caminhei pela rua, fui ao café, ao minimercado e não havia sinal de ti. Fui ao jardim e nada. Passei pela casa da tua mãe e não estavas.
Perguntava-me se já não morarias aqui? Se tinhas mudado de aldeia, de cidade ou até mesmo de país.
Até que me lembrei daquele velho descampado que tinha aquele poço para onde costumávamos ir quando éramos miúdos de escola. Fui até lá e o que é que eu vi?
Tu e ela.
Tu com ela.
Ela. A Camila a que em tempos fora minha amiga e que o tempo nos havia separado assim como de ti.
Tu que me havias jurado amor eterno. Que me havias prometido esperar naquele dia chuvoso em que o nosso último beijo fora único debaixo daquelas imensas gotas de água.
Antes que pudesse ser vista corri até casa. Já passava da hora de jantar por isso dirigi-me para a minha cama de dossel e recostei-me no enorme monte de almofadas fofinhas.
São duas horas da manhã e quem me dera estar a dormir. Tenho na cabeça todas as imagens daquela tarde, queria tanto ser eu. Ter-te a meu lado.
Não tiro os olhos do telefone a pensar se hei-de ou não ligar-te. Decido não o fazer muito pelo contrário. Chego à conclusão que nunca deveria ter voltado àquela aldeia. Por isso saio da cama que posteriormente faço. Deixando-a como ela estava. Ponho a roupa dentro da minha mala e sento-me na mesa a escrever cartas de despedida.
“ Queridos avós.
Peço desculpa por ter de sair assim tão rápido, mas aconteceram uns imprevistos.
A culpa não é vossa, mas sim minha.
Espero vê-los em breve na minha casa em Londres.
Beijinhos da vossa querida neta,
Melanie”

“ Eu vi-te com ela. Espero que sejas muito feliz.
Olha pelos meus avós por favor. Manda um beijo a tua mãe
Beijinhos daquela a que tu fizeste promessas e que não cumpriste,
Melanie “


Comprei um bilhete pela internet para um voo que ia ter lugar às 6:30 dessa mesma manhã, pus o computador dentro da mala e fechei-a.
E assim sai pela porta sem fazer barulho e deixei as cartas nos respectivos lugares e dirigi-me para o aeroporto.
Aguardei no fundo da rua pelo táxi que havia chamado.
Cuidadosamente (como que em câmara lenta) coloquei as malas dentro da bagageira, talvez por não querer partir. Mas não aguentava permanecer aqui sem ti.
Ganhei coragem e fechei a porta traseira do táxi e como que a medo disse “Para o aeroporto por favor “.
Permaneci calada durante a viagem que durou mais ou menos uma hora, ouvindo as gotas de água escorrerem pelos vidros do carro, e vendo ao longe o sol a começar de romper pelo céu. Na minha cabeça simplesmente passavam imagens nossas, recordava momentos passados.
Quando dei por mim já tinha chegado, paguei e sai.
Respirei fundo e parti em direcção à porta de embarque.
“Adeus vida” "

[right]Espero que tenham gostado
BeiJonas[right]

owww gostei tanto! escreves mesmo bem!

posso pedir te um favorzinho?? lês e comentas o meu texto aqui na st? "O som do silêncio" . Ficaria muito agradecida!

beijinhos e continua a escrever !

Awww querida, isto esta tao lindo, ja tinha dito!!!Tens tanto jeito, descreves tao bem os sentimentos, as coisas a volta das personagens. esta tudo lindo!!!Adoro ler o que escreves!!Continua sim???

Bjinho

adorei, esta muito bonito! escreves tao bem (:
parabens**

Obrigado às duas...
Sao uns amores....
É muito gratificantes saber que gostam do que escrevo....
Não sou das melhores mas considero-me razoavel
Obrigado
BEIJONAS

lindoo +.+

JoanaJ escreveu:

lindoo +.+

Ainda bem que gostaste

Está mesmo lindo ! Parabens linda

JoanaaRochaa escreveu:

Está mesmo lindo ! Parabens linda

Obrigado

Bem este deve ser um dos textos mais importantes que escrevi. Como algumas pessoas já devem saber eu vou participar num concurso da escola, que consiste em escrever um texto cujo tema é "Ser Solidário". Neste concurso so se sabe a quem pertence cada texto depois do vencedor estar escolhido para nao haver injustiças e temos de colocar la o nosso pseudonimo (quanto a isso... estou a tratar disso para que nao haja problema e ficar de consciencia tranquila)...
Gostava que comentassem muito. Especialmente criticas construtivas, alteraçoes que achem que possa fazer e se encontrarem algum tipo de erro ortografico ou de construçao frasica avisem por favor...
Bem e só isto espero que goste, comentem e sejam sinceras.
BeiJonas
Aqui vai:


Ser Solidário…

Arrastei-me desmazeladamente por aquele parque, pensando se todo aquele esforço e cansaço seriam necessários.
“Se todas as noites perdidas no hospital com aquelas inócuas crianças, onde sobrepostas em grandes mantas de lã e rodeadas de almofadas de milhões de cores nos resguardávamos, como se se tratasse de um forte que nos protegeria de tudo e de todos, dos dolentes dias tristes, das horrendas dores e dos desafogos de sofrimentos proporcionados pelo inexorável mundo.
Ali nos cindíamos a falar de príncipes e princesas, de mundos encantados, de países das maravilhas ou de simples utopias.
Onde juntos carpíamos e riamos e onde as crianças plácidas ouviam tudo o que tinha para lhes contar, incutir ou explicar.”
Aconcheguei o meu cachecol mais uma vez, semicerrei os olhos devido à neve que cismava em cair e continuei o meu pensamento.
“O part-time na loja dos gelados invadiu-me o espírito.
Como é que eu tivera a decência de pensar alguma vez em desistir dele?
Foi lá que eu cresci interiormente. Foi lá que aprendi a ser quem sou.
Onde aprendi que a vida pode ser maravilhosa se assim o subentendermos. Descobri que a petulância das mais íngremes pessoas naquele irreal lugar não me afectaria porque todos os vocábulos se perderiam por entre as cores e a magia persistente. “
(…)
Caminhando sobre o asfalto gasto pergunto-me como é que sinto este prazer. Este contentamento e este sorriso por dentro quando faço todas estas coisas.
Diriam que esse sentimento se denomina de solidariedade e que ao praticá-lo estaria a ser solidária.
Solidariedade que para muitos é a qualidade de se ser solidário, a dependência mútua, a reciprocidade de obrigações e interesses ou então o direito de reclamar só para si o que se deve a todos.
Para mim o acto de se ser solidário não se trata só disso.
Para mim a solidariedade é como as ondas fosforescentes que se fundem na areia disjunta, ou como a ária da madrugada que nasce de entre o sol e o mar e que ressoa nos ouvidos de todos os que possuem a capacidade de sonhar. É como o empíreo celeste onde o sol se camufla nas nuvens e de onde vociferam clarões áureos. É como os riachos que sulcam a terra. É como a abissal necessidade de abraçar a felicidade e afagar o amor. De perder qualquer tipo de senso comum e sorrir, sorrir e voltar a sorrir. De voar sobre a aurora. De gritar ao mundo como a vida é bela.
E solidário é aquele que tem o apanágio de habitar este inefável mundo.
O Ser solidário é aquele que não tem desonra em demonstrar o seu verdadeiro ser, é aquele que não necessita de utilizar onomatóposes para brilhar no mundo.
Não há uma espécie paradigma do Ser solidário simplesmente há pessoas discrepantes que têm (ou deviam ter) como objectivo unir o mundo, unir as pessoas, ajudar-se mutuamente. Isso sim é ser solidário. É procurar ajuda sem temer ser rejeitado e é ajudar sem pedir nada em troca. É confeccionar um sorriso no meio da tristeza, oferecer um abraço para contrafazer o desespero, é oferecer tudo o que se tem sem procurar obter de volta.
Não precisamos de ser édipos para ser solidários mas sim ter amor e compaixão por quem nos rodeia visto que para se ser solidário não necessitamos de recorrer a actos homéricos mas sim ter como base os nossos princípios, respeito e amor.
Por vezes neste mundo encontrar alguém solidário é extremamente difícil visto que são tudo pessoas invejosas, onde a ojeriza é predominante e onde as pessoas gostam de se suplantar umas às outras.


Durante um tempo hirta caminhei e ao epílogo da minha vida juntei a ideia que nada poderia ser refeito.