Your Biggest Fan - Capitulo 24!! NOVO Post dia:06-janeiro-2011

- Ponto de Vista da Inês -
Já lá vão três semanas, desde a partida do Joe. Tem sido complicado, mas nada que não consiga suportar.
O tempo é sem duvida o meu inimigo numero 1, neste momento, parece que cada vez que olho para o maldito calendário, o tempo passa mais e mais devagar.

*30 Janeiro de 2010*
Ouvi o telemóvel tocar, corri até ele, tinha uma mensagem
- “Olá (:” - boa, mais um numero que não conheço, não vou responder, provavelmente é só mais uma fã do Joe, que descobriu o numero e pensa que é o dele.
Pousei o telemóvel e fui em direcção á cozinha, tinha intenção de tratar do meu almoço, mas nem tempo tive para chegar perto da porta do quarto, o telemóvel tocou de novo.
- “Já agora é o Ade, podias dignar-te a responder-me, sim? ” – o Ade? Não acredito!
- “Podias ter assinado a mensagem, mas bem desculpa ”
- “Sei que não sou assim nada de interessante, mas podias ter respondido :b”
- “Não, Não! Podia ser um tarado pior que tu, não queria arriscar! ”
- “Olha o tarado a convidar-te, a vires abrir a porta… estou farto de estar aqui fora, está mesmo frio!” – ele está lá fora? O que é que ele faz aqui?
Mesmo duvidando daquilo que tinha lido, fui até á porta de entrada, abria e lá estava ele, sentado nas escadas da frente, de costas para mim
- Ade! – mal o chamei, já ele estava a pegar-me ao colo
- Inês, Inês, Inês! Tens noção das saudades que eu tinha?
- Ade! Primeiro põe-me no chão – mal falei eu pousou-me, mas continuou abraçado a mim – Ade! – e afastou-se
- Já está, mas não me julgues, tenho saudades, a sério!
- Eu também! – Abraçou-me de novo, mas depressa se afastou, olhando-me de uma forma muitíssimo estranha.
- Não parece nada! – dei-lhe uma sapatada no ombro
- Está calado Adelino, só dizes asneiras! Vamos para dentro, sim? Está frio cá fora!

**********

- Flashback -
- Adelino, és parvo ou fazes-te?
- Não me chames Adelino!
- Mas é o teu nome e eu gosto dele.
- Gostas do meu nome? Sempre achei que eras estranha, agora tenho certeza!
- Cala-te! Até parece que podes falar muito…
- Não me obrigues a fazer-te lembrar a altura em que gostas-te de mim
- Pois, quando gostei…
- Ainda gostas?
- Não! Claro que não! Acho que não…
- Achas que não?
- Não sei
- Se dissesses que ainda gostavas de mim, eu ia pensar bem nisso.
- Não sejas criança!
(…)
Tínhamos 10 anos, mas nada mudou, tirando a parte da minha paixoneta por ele, que agora não passa de uma enorme amizade, na verdade ele é um dos meus melhores amigos.
- Fim do Flashback -

**********

*05 Fevereiro de 2010*
- Não percebo qual é o problema do teu primo, Joana.
- Deixa lá, nem eu…
- Podias era responder-me a uma pergunta
- Se conseguir responder…
- Porquê que o Ade veio para cá? – fez um esgar, conheço-a á demasiado tempo, sei perfeitamente que está nervosa, provavelmente vai fugir ao assunto
- Olha, tenho que ir á casa de banho, onde fica? – pois claro, fugir ao assunto
- Claro, é a segunda porta á esquerda, mas não foges á pergunta, ainda me vais responder
- Eu? Fugir ao assunto? Achas Inês? Claro que não! – falou enquanto sai-a da sala e se dirigia á casa de banho

- Ponto de Vista da Joana -
Entrei na casa de banho, tirei o telemóvel do bolso e marquei o número do meu primo. Aquele palerma, quando é preciso, parece que desaparece.
- Estou?
- Adelino! Finalmente! Tu és parvo ou fazes-te? Temos aqui um problema e tu não atendias o telemóvel! Onde tinhas a cabeça? Agarrada ao pescoço é que não era de certeza!
- Já paras-te de me insultar? Conta lá qual é o grave problema
- A Inês perguntou o porquê de vires para cá! Olha uma coisa Adelino, eu não me vou meter entre vocês, vê se resolves isto de uma vez, estou farta de lhe mentir!
- Hum, vou passar já aí!
E desliga o telemóvel! Quer dizer, é um problema dele, eu tento ajudar, aviso-o e ele ainda me desliga na cara! Mas que grande primo!
Mal saí da casa de banho, já tinha o olhar da Inês preso em mim
- Sim? – perguntei sentando-me ao seu lado
- Foste ligar ao Ade, não foste? – como é que ela sabe? Será que ouviu atrás da porta?
- Como é que sabes!?
- Estavas a discutir com ele, falas-te tão alto que ouvi aqui. Mas eu não lhe digo nada, prometo e não te volto a fazer a mesma pergunta, agora vou faze-la a ele!
Mas que dois, será que é assim tão difícil admitir aquilo que sentem? Eu nunca tive dificuldades em fazer tal coisa, não percebo o porquê de tanta dificuldade da parte deles.

- continua -

- Ponto de Vista do Adelino -
Vá lá Adelino, tu és capaz, só falta bater á porta, vá, vá!
- INÊS! ESTÁS EM CASA? – e bato á porta. podias ser um bocadinho mais original Adelino! Como se ela não soube-se que estás aqui!
- ENTRA! A PORTA ESTÁ ABERTA! – Boa, é agora… 1,2… entra páh! Eu tenho mesmo vergonha dos meus pensamentos, pareço uma criança!
- Ade!? Estás a olhar para ontem ou quê?
- Ah!?
- Sempre o mesmo despistado!
Fui até ao pé delas, estavam sentadas no sofá… sentei-me entre elas e esperei que a minha prima toma-se a iniciativa para se levantar e ir dar uma voltinha.
- Inês, vou andando, tenho muito que fazer, depois ligo-te, até logo.
Finalmente! É mesmo minha prima, mais tarde tenho que lhe agradecer… vou só esperar que ela sai-a e… *Puum* já está! É agora, é…
- Queres ver alguma coisa na televisão? Ou tens alguma ideia do que possamos fazer? – perguntou. Fala Adelino, FALA!
- Queria… ah…
- Sim!?
- Queria perguntar-te como vais de amores! Então como está esse coração? – tentei mostrar um sorriso, mas sinceramente não parece que a tenha convencido.
- Não querias perguntar isso, pois não? – como é que ela sabe sempre estas coisas!? Mas bem, Adelino és mesmo assim, o melhor!
- Como é que sabes sempre o que eu penso!?
- És bastante transparente, sabias? Aposto que estás a pensar no que me queres perguntar e estás a pensar em ti próprio... conheço-te á tanto tempo, sei mais sobre ti que aquilo que possas imaginar
- Sempre tão misteriosa tu! Mas já agora responde ao que te perguntei…
- O meu coração está como sempre, talvez mais feliz neste momento… - mais feliz neste momento!? Eu sabia que ela ainda gostava de mim! Eu sabia! O tal Joe, deve ser mesmo só um amigo

- Ponto de Vista da Inês -
Pois, o meu coração… esse na verdade nem está aqui, neste momento está longe, longe com o Joe. Como ia justificar-me? Eu nem sei bem aquilo que sinto… não quero contar a ninguém até ter certezas…
Estava totalmente perdida nos meus pensamentos, não sabia se devia contar ao Ade, ou não, ele é meu amigo, podia ajudar-me… mas quando atingi a realidade de novo, senti os seus lábios nos meus…
Se me incomodou? Sim, mas na verdade senti que me devia entregar, que não tinha o direito de o desiludir, que não o ia fazer sofrer… passado pouco tempo, ele afastou-se ligeiramente de mim, encostou a sua testa á minha e com o maior dos sorrisos falou
- Eu sabia que ainda gostavas de mim!
- Eu…
- Não digas nada, prefiro mostrar-te tudo que vai cá dentro, desde que te foste embora… - voltou a juntar os nossos lábios e eu simplesmente me deixei ir. Tinha a cabeça a mil, não fazia ideia do que fazer, não sabia bem aquilo que estava a acontecer á minha volta, mas uma coisa era certa, ainda fiquei mais confusa com tudo isto. De um lado tenho o Joe e do outro o meu melhor amigo…
No final, vou mesmo magoar um deles e eu própria, é apenas uma questão de escolher… mas qual será o caminho correcto? Qual o errado? Eu nunca poderei saber… nunca vou saber, se não seguir um deles.
Não sei qual me faz mais falta, não sei qual amo mais, só sei que preciso dos dois na minha vida.

- continua -

*05 Março de 2010*
Já não vejo o Joe á dois messes. Ele continua na Tour e mesmo falando com ele todos os dias, tem sido cada vez mais difícil suportar as saudades e a falta que ele me faz, tento não demonstrar como ando em baixo, mas sei que sou péssima a fingir e que já á muito tempo, ele já percebeu o que se passa…
A minha vida, essa tem estado a verdadeira confusão, tento evitar falar com o meu melhor amigo, (pelo menos acho que ainda o posso chamar assim), sempre que estou com ele, o tema de conversa é o mesmo, as perguntas são as mesmas, e sinceramente já sei quem realmente é importante na minha vida, sei quem escolher, porque sei quem amo na verdade.


- Ponto de Vista do Joe -
Já lá vai tanto tempo, sei que algo se passa e mal posso esperar para que a Tour acabe, falta uma semana, mas parece faltar anos!

*O Frankie, não se cala! O Nick, não larga a Guitarra e o Kevin está sempre no computador, tenho que esperar que ele sai-a para ir eu e se bem o conheço vai demorar horas! Mas que tédio! Gosto mais quando posso vê-la, mas vou ter de ficar por uma chamada, pelo menos até o Kevin sair dali!
- “Joe!”
- “Inês! Sei que combinamos falar pela Web, mas o Kevin não me dá hipóteses!”
- “Não faz mal, o que interessa é que estamos a falar”
- “Sim, mas eu queria ver-te”
- “Hum, tenho solução para isso”
- “Tens?”
- “Sim! O teu camarim”
- “O meu camarim!? Tu estás no meu camarim!?”
- “Isso agora…”
Saí a correr da sala onde estava, corri tão depressa que rapidamente alcancei a porta do camarim, abria e lá estava ela, sentada no sofá do outro lado da sala…
Corri até ela e mesmo tendo-a nos meus brancos continuei a achar que não era real...*
Acordei de repente, estava dentro do autocarro, nada daquilo tinha acontecido, foi apenas um sonho, mas parecia tão real, tão possível… Como sou capaz de sonhar sempre tão alto, claro que aquilo não podia acontecer mesmo, quem a ama sou eu, não podia esperar quem ela viesse atrás de mim, eu é que tenho que ir atrás dela e rapidamente, não posso correr o risco de que alguém chegue primeiro!
Voltei a agarrar o sono, voltei a sonhar com o mesmo e só acordei de manhã, quando o Nick fez questão de me acordar, mas ainda lhe agradeci, hoje tinha que resolver algumas coisas e não é tarde, nem cedo!
Procurei o telemóvel no meio das minhas coisas, e lá estava ele…
- “Bom dia, Bom dia! ” – Agora que penso bem, aqui em New Jersey são 8horas da manhã, mas em Los Angeles ainda são 5horas da madrugada! Mas que inteligente Joseph! Ainda a vais acordar!
- “Bom dia! “
- “Acordei-te?”
- “Não, hoje estou sem sono ”
- “ Que alivio! Pensei que te tinha acordado ”
- “ Ahahaha mas a que se deve isto!? Acordas-te bem cedo hoje”
- “Tenho andado a pensar, e sei que se passa alguma coisa contigo e preciso saber o que é”
- “Oh, não é nada, está tudo bem, são só saudades ”
- “Não é só isso, eu sei que não! Sabes que podes contar-me”
- “Eu sei Joe, mas só vais perceber quando aqui chegares”
- “Vou ter mesmo que sofrer uma semana!? Queres que tenha algum ataque!? Que cai-a num concerto!? ”
- “Até parece Joe Prometo que mal chegues aqui eu conto-te tudo”
- “Espero bem que sim! ”


*12 Março de 2010*
(…)
E estava ela, sorria para mim, desatei a correr na sua direcção, quando dei por mim já a tinha nos meus braços, tal e qual tantas vezes imaginei que fosse acontecer! Quando olhei para o lado lá estava o Nick e a Sara, o Kevin e a Danielle, mas estava lá mais alguém, alguém que olhava para mim, com um olhar de ódio, um olhar vazio… quem era ele?
- Inês, quem é? – ela olhou para mim, para ele e voltou a olhar-me
- É o Adelino – quem!?
- A… quem!?
- Adelino. É o meu melhor amigo – pois claro!
- Só melhor amigo?
- Sim, mas que tontinho Joe, é claro que sim!
- Para ti até pode ser, agora para ele…
- Não Joe, estás a fazer uns filmes, só mesmo tu!

- continua -

- Já viste como ele olha para nós? Parece doentio
- Sabes que mais, eu não quero saber, tu estás aqui e isso é que importa!
- Sabes que temos muito que falar?
- O que se passa?
- Tenho umas coisas a confessar-te!
(…)

*20 Março de 2010*
Isto deixa-me mesmo deprimido! Voltei á 8 dias e ainda não consegui uma conversa com a Inês a sós, e quando estou quase a conseguir, aquele amiguinho, ou manda uma mensagem, ou liga, ou aparece!
Será que só eu é que vejo aquilo que ele quer!?
Um dia destes ainda lhe vou explicar quem é o Joe Jonas!
Estou farto de ver aquele rapazinho, em casa dela! Sempre á volta dela, sempre atrás dela, parece que nem tem vida própria!
Eu não me posso deixar ficar, não posso e não posso!
É hora de contar a verdade!


- Ponto de Vista da Inês -
Não gosto nada da maneira como o Adelino trata o Joe! Passa o tempo todo a critica-lo, e por mais que lhe diga para não o fazer, ele insiste em continuar… e de á uns tempo para cá, tem tentado algo que eu não quero de maneira nenhuma, não gosto dele dessa maneira, mas não consigo afasta-lo, porque é meu amigo, porque me faz relembrar o passado e porque tenho uma enorme ligação com ele, que não quero perder por nada…
Daqui a uma hora, o Joe passa por aqui, vamos dar uma volta… a desculpa que eu dei ao Ade, para ele não se juntar, foi que íamos passear o Winston (cão do Joe), o que não é mentira, mas não vamos propriamente passear o cão, vamos é falar, ou melhor, tentar, isto de sair com uma estrela Rock, não é nada, nada fácil, mas vale apena, é um óptimo amigo e gosto mesmo dele (pelo menos, acho que sim).

Estava no meu quarto, com o armário aberto, não fazia ideia de que roupa vestir, pensei no meu vestido azul, mas eu não ia jantar fora, ia apenas dar uma volta, depois olhei para as minhas leggings pretas e para a camisola branca comprida, e pensei, é mesmo isto!
(…)
- Estás linda sabias?
- Joseph, és tão mentiroso! – agarrou-me pela cintura e deu-me um beijo no pescoço. Arrepie-me toda, comecei a ferver… mas o que é isto!?
- Estamos sozinhos?
- Sim… porquê?
- Mudei de ideias. Ficamos mesmo aqui! – Pegou-me ao colo e levou-me até ao meu quarto, fechou a porta com o pé e encostou-me contra esta
- O que é que estás a fazer Joe?
- O que já devia ter feito e não fiz!

- continua -

Colou os seus lábios aos meus, e o meu coração praticamente saltou!
Nem sei ao certo como me senti.
Ele levou-me ao lugar mais fantástico, mais maravilhoso deste mundo!
Senti que com ele, podia ser apenas eu, podia mostrar a mulher que era e deixar a menina que fui, para trás! Foi como se estivesse a conquistar o meu lugar no mundo, foi como se deixa-se de ser uma qualquer, para ser especial, para ser diferente.
(…)
Não foi preciso uma única palavra para fazer daquele, o momento mais feliz da minha vida.
Nesse momento vi que apenas ele me prendia a este mundo, que vivo para ele, por ele e com ele.
Senti uma necessidade enorme de lhe dizer que o amava, de ver a expressão dele ao ouvir a verdade.
Libertei-me, deixei-me ir… sentia o seu corpo no meu, sentia todo o tipo de emoções que nos podiam ligar, um ao outro, senti-me realizada.
Se gostei do que aconteceu? Sim, tive a hipótese de não o fazer, mas escolhi o caminho mais certo, mais rápido para realizar os meus desejos naquele momento
Intenso, foi a palavra de ordem!
Não poderia explicar de outra maneira, não existem palavras suficientes…
Agora é que ninguém nos podia separar, ninguém mesmo!


- Ponto de Vista do Joe -
Não sei como foi para ela, mas para mim foi o momento mais feliz da minha vida, principalmente porque o partilhei com ela.
Senti-me derreter, senti-me verdadeiramente feliz, quando ela disse que me amava, sim porque desde que a conheci era o que eu mais esperava ouvir.
Agora percebo tudo o que os meus irmãos dizem, a maneira como se atrapalham, quando tentam explicar aquilo que sentem, sempre os achei uns tolos, mas agora sou eu que estou a passar por tudo isto e é a melhor sensação do mundo, é como se a minha vida estivesse presa á dela e nada as pudesse separar.
- Eu amo-te, sabias? – disse-lhe, ela olhou para mim e corou
- Eu também – aproximei-me dela e dei-lhe um longo beijo, apenas nos separamos quando ouvimos o seu telemóvel tocar.
Ela levantou-se e foi até ao telemóvel, que estava em cima da secretária, do outro lado do quarto.
- Oh… “Diz!… não… porque não!… logo… não, até logo… está bem, até logo Ade!” – Ade! Sempre esse! Estraga sempre todos os bons momentos! Mas bem desta vez, não o vou deixar chegar muito longe… comigo não vai ter sorte nenhuma, nenhuma mesmo!
Ela veio em direcção a mim, tinha um sorriso tímido, voltou a deitar-se ao meu lado e encostou a cabeça no meu peito
- Não faz mal – disse-lhe, não gosto que ela se sinta culpada por aquele gajo estar sempre entre nós, a culpa não é dela, é só dele, dele e dele! Maldito Ade..., qualquer coisa! Ai que nervos!
- Sabes que eu gosto é de ti – mal ouvi isto senti algo dentro de mim, algo (mais uma vez) impossível explicar, era quase como uma bola de fogo a passear por cada parte do meu corpo
- Sim, eu sei – abracei-a bem forte, encostei-a totalmente a mim, porque queria poder ficar assim, para sempre!


- Ponto de Vista da Inês -
Sim, estou cheia das atitudes do Adelino!
Mas quem é que ele pensa que é!? Não é mais que ninguém, logo podia ter cuidado com aquilo que diz, principalmente á bocado ao telemóvel…

- Flashback -
(ao telemóvel á momentos)
- “Diz!” – Falei eu
- “Inês! Já te mandei várias mensagens, porque não respondias a nenhuma? Fiz-te alguma coisa?”
- “Não”
- “Então porquê que não respondias!? Estavas ocupada!? Porquê?”- quase gritava, mas qual é o problema dele!?
- “Porque não!”
- “O que é que se passa!? Precisas de alguma coisa!? Diz-me!”
- “Logo”
- “Eu passo agora ai em casa!”
- “Não, até logo”
- “Mesmo!? Não… Ah, está bem, eu logo passo aí!”
- “Está bem, até logo Ade!”
- “Até logo Inês!”
- Fim do Flashback -

Mas que é isto!? Acha que me pode berrar aos ouvidos, só porque não me apetece falar com ele!? Se acha isso está mesmo muito enganado!
(…)
Quando dei por mim, o Joe já não estava ao meu lado… Procurei com o olhar por todos os cantos do quarto e lá estava ele, sentado na cadeira do canto, apenas com os boxers vestidos, o que não era nada agradável, ficava totalmente alterada, só de olhar para ele, é que nem consegui olha-lo nos olhos, porque o meu olhar ia sempre para os seus abdominais que tenho que admitir que são mesmo muito bem feitos
Ele olhava-me e parecia procurar algo, não percebi o quê…
- Sabes que mais? – perguntou, quebrando o silêncio entre nós

Olhei para ele e esperei que ele voltasse a falar
- Nunca pensei ter hipóteses contigo, desde a primeira vez que te vi - veio até á minha beira, deitou-se por cima de mim e sussurrou ao meu ouvido
- Nunca pensei que fosses realmente fazer amor comigo… mas agora, não te largo mais, mesmo que tu queiras – empurrei-o e fiz com que eu ficasse por cima e ele por baixo
- Sabes que não quero que te afastes, nem mesmo que tu querias – e desatamos os dois a rir, o que parecia um verdadeiro momento romântico e que qualquer casal “fecharia” com um beijo, nós começamos a rir… pois claro, não somos lá muito normais!

**********


- Ponto de Vista do Adelino -
*21 Março de 2010*
Mas então o que é isto?
A minha prima?
Deixa-me aqui sozinho, logo pela manhã!?
Eu não acredito nisto!
Mas que mal é que eu fiz ao mundo, para de repente toda a gente me virar as costas e simplesmente me deixar ficar mal

- Flashback -
- Olá – disse mal me abriu a porta, vinha estranha, estava enrolada num cobertor, mas que estranho, está tanto calor
- Diz
- Estás sozinha? Podemos falar?
- Ah, eu estou… tenho lá em cima umas amigas – amigas? Que amigas?
- Amigas? Mesmo… Vou cumprimentá-las
Fui direito ás escadas que davam para o quarto dela, mal cheguei ao meu objectivo, a porta do quarto, empurrei-a e na cama, estava o tal Joe sentado, também embrulhado num cobertor… mas o que é isto!? Não acredito, ela dormiu com ele
- Ade! Espera… - era ela. Nem me esforcei minimamente para ouvir o que ela tinha para dizer, saí a correr e apenas me preocupei em sair daquela casa, sair daquele lugar
- Fim do Flashback -


- Ponto de Vista da Inês -
A desilusão, estava totalmente visível nos olhos dele, senti-me apagada, sou a pior melhor amiga que alguém podia ter!
Devia ter sido eu a contar-lhe, no maldito dia em que ele me beijou, devia ter contado a verdade, mas não o fiz e agora arrependo-me de cada segundo que vivo aqui!
Tenho nojo de mim, nojo daquilo que fiz, porque perdi o meu melhor amigo, porque dormi com uma estrela rock que provavelmente, por mais que goste de mim, um dia me vai trocar, e para quê? Para eu própria, sofrer e pior, fazer todos á minha volta sofrer…
(…)
- Sara, ainda bem que estás aqui – abracei-me a ela, tinha de desabafar com alguém e a Sara era a pessoa ideal
- O quê que se passa? Estás com uns olhos, estives-te a chorar porque?
- Dormi com o Joe…
- Isso é bom, certo?
- Sim… quer dizer, acho que sim…
- Então? O quê que se passou mais? Sabes que podes contar comigo
- O Adelino… ele apanhou-nos e depois foi embora e… - não consegui conter mais as lágrimas, desatei a chorar
- Ele perdoa-te, não te preocupes com isso, ele gosta de ti…
- Pois, ele gosta de mim, acho que o problema é mesmo isso – falei entre soluços
- Já desconfiava, nota-se na maneira como ele olha para ti, fala contigo, como se preocupa. Não sou apenas eu que vejo isto, o Joe…
- Eu sei, mas…
- Nada, deixa estar, tens muito tempo para pensar no que vais fazer, agora chora tudo o que quiseres, desabafa… - e assim o fiz.
Passei horas a falar daquilo que me ia na cabeça, no coração…
Se cheguei a uma conclusão? Sim cheguei, sei exactamente o que vou fazer, só me falta…

Saber realmente o que o Ade sente por mim, depois disso, tenho três opções…
*deixar o meu melhor amigo mal, e seguir o que o meu coração diz;
*deixar o que o meu coração quer, em segundo lugar e escolher o meu melhor amigo;
*fugir… deixar cada um deles longe de mim, de maneira a que não possa voltar a magoar ninguém, fazer de tudo para que eles façam tudo como se eu nunca tivesse aparecido nas suas vidas…
Sem duvida que a melhor opção seria a terceira, mas nem a Sara, nem a Joana, me iriam apoiar, por isso, se for mesmo esta a melhor opção a tomar, terei de fazer tudo sozinha
(…)
Fui até ao campo de futebol, onde sabia que o Ade treinava.
Sabia que não ia ser fácil conseguir falar com ele, mas tenho que tentar, porque não vou conseguir seguir, não vou conseguir viver assim…
Sentei-me em frente ao campo, ele estava sozinho, corria atrás da bola…
Olhou-me de repente e desatou a correr na direcção contrária, fui atrás dele mesmo sabendo que não o iria alcançar… mas uns metros á frente, no meio do enorme jardim, ele parou, ficou de costas para mim e mantinha os punhos fechados, o que me estava seriamente a assustar… continuei a correr até ele, mas desta vez bem mais devagar…
- PÁRA! – ele gritou e eu obedeci. Estava a cerca de 10 metros dele e mesmo assim ouvia-o a inspirar e a expirar, possivelmente para se manter calmo
- Tens alguma coisa a dizer-me? – perguntou. Eu comecei a andar, para tentar alcança-lo
- Fica aí! – não queria obedecer, mas era sem duvida melhor, se ele assim queria
- Desculpa… - ele cerrou ainda mais os punhos e eu arrepiei-me
- Não tens mais nada para dizer?
- Sim… - falei baixando o olhar
- Podes dizer… - levantei o olhar e ele estava virando na minha direcção, olhava-me
- Eu gosto demasiado de ti, não quero que estejas zangado comigo… por favor – aproximou-se de mim, agarrou o meu queixo e olhou-me nos olhos
- Não estou zangado contigo… estou só um bocadinho triste, mais nada
As lágrimas começaram a cair, por mais que tentasse não consegui conte-las, ele abraçou-me e quando dei por nós estávamos sentados na relva
- Não te quero ver chorar… - limpou-me as lágrimas
- Obrigado
- Eu gosto muito de ti – mal ouvi isto, o meu coração saltou
- Eu também gosto muito de ti…
Senti-me tão livre ao dizer aquilo.
Senti-me mesmo feliz ao saber que na verdade, estava totalmente desculpada, que tinha o meu amigo de volta, e agora só falta saber qual o caminho a seguir, falta escolher a opção mais correcta, ou pelo menos tentar.
(…)
Já era noite, ele acompanhou-me até casa.
Nunca pensei ver quem vi á porta!
Mas o quê que ele faz aqui?

- continua -